Adrierre Siqueira da Silva e Nathan Siqueira da Silva alegaram não serem racistas e, na tentativa de se defenderem, citaram que têm parentes e cabeleireiros negros
Vítima de injúria racial após o clássico entre Cruzeiro e Atlético nesse domingo, no Mineirão, o segurança Fábio Coutinho falou sobre o pedido de desculpas feito pelos suspeitos, os irmãos Adrierre Siqueira da Silva e Nathan Siqueira da Silva. Segundo a vítima, não houve sinceridade na fala dos investigados, que alegaram não serem racistas e, na tentativa de se defenderem, citaram que têm parentes e cabeleireiros negros.
Fábio Coutinho alega que a dupla de torcedores não mencionou no depoimento à polícia o que realmente ocorreu no fim de semana: “Eles continuam afirmando que queriam acessar a saída de emergência e nossa equipe não deixou. É mentira. Eles queriam ter acesso à tribuna de imprensa. E o outro jovem disse à polícia que me chamou de palhaço, não de macaco. O que eles disseram não foi o que aconteceu de fato. Falou também que um dos nossos seguranças xingou a mãe dele, o que é mentira. Devido a isso, não é um pedido de desculpas real. Esse pedido de desculpas serviria para eles, mas não com sinceridade”, disse ao Superesportes/Estado de Minas.
Após o empate por 0 a 0 no clássico desse domingo, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, as arquibancadas do Mineirão viraram “praça de guerra”. Em meio à confusão, Adrierre Siqueira da Silva se dirigiu ao segurança Fábio Coutinho com menosprezo e disse: ‘Olha a sua cor’. As imagens foram flagradas pelo jornalista Lucas Von Dollinger, da Rádio 98FM. Já o jornalista Fael Lima, da TV Alterosa, registrou o momento em que o mesmo torcedor deu uma cusparada no rosto do profissional.
Irmão de Adrierre, Nathan Siqueira da Silva também é suspeito de ter cometido injúria racial por supostamente ter chamado Fábio Coutinho de ‘macaco’. Nathan nega e alega ter dito ‘palhaço’, não ‘macaco’. Os dois pediram desculpas e alegaram que não são racistas. Para isso, utilizaram justificativas como, por exemplo, dizer que têm parentes negros e vão a cabeleireiros negros.